"Até que a MORTE nos separe", de QUAL MORTE estão falando?
"Até que a
MORTE nos separe", de QUAL MORTE estão falando?
Dó, não é amor, é só dó.
Que dó de gente que acha que dó é
amor.
Dó é só dó, ficar em um relacionamento por dó do outro e dizer que é em nome do amor que um dia existiu. Isso não é sinal de dó pelo outro mas sim faz ter dó de você.
Dó é só dó, ficar em um relacionamento por dó do outro e dizer que é em nome do amor que um dia existiu. Isso não é sinal de dó pelo outro mas sim faz ter dó de você.
Não existe amor menor que ficar
por dó, por pena. Apiedar-se e se anular pelo outro, pode até parecer um
sentimento e atitude nobre mas não.
Quando você coloca o outro acima
de você, você se apequena, se anula, se desfaz, se amedronta, se esconde, se
embota de si e em si mesma.
Dó não é, nunca foi e jamais será
amor, e esta atitude tem efeito colateral igualmente ao de cicuta na sua vida.
Você mata, aniquila seu amor-próprio em detrimento ao outro. O resultado disso
é um relacionamento sem relação, sem conexão, sem vínculo vital, é um grande
teatro, um eterno faz-de-conta afetivo, social, familiar e moral.
"Mentir para si mesmo é
sempre a pior mentira", pára de falar que está por dó, assuma que está
porque é incapaz de buscar a própria felicidade, que tem medo de enfrentar a
realidade, que se apega à mentiras que conta à si mesmo.
Mas se essa dó for real, você
está praticando um homicídio emocional e um suicídio emocional. Você mata as
chances de você ser feliz e reduz a do outro também, aliás potencializa a
impotência e vulnerabilidade do outro. O senso de incapacidade do outro,
incapacidade,vulnerabilidade e incompetência de se refazer sozinho.
Você se faz e se mostra uma
muleta necessária à sobrevivência do outro, seja financeira, profissional,
familiar e ou emocional. Você reforça inconscientemente ao outro sua
incapacidade de se responsabilizar por sua vida. E ao mesmo tempo, você infla
seu ego, achando que é insubstituível e indelével para sobrevivência alheia.
Se apequenar e se anular, é
morrer lentamente, morrer em conta-gotas, é morrer em doses homeopáticas, é
enganar-se a cada minuto.
Vejo todos os dias gente morrendo
a conta-gotas emocionalmente quando diz: "Você pode ter um relacionamento
extraconjugal, só não me deixe pelo amor de Deus", isso foi o assassinato
do amor-próprio, é suicídio com qualificação dupla, moral e emocional.
Suicídio a conta-gotas é quando
escuto o que acabei de escutar. "...estou pele e osso, não tenho vida e
nem vontade de viver ao lado dele, não há mais alegria, não há felicidade e nem
sexo prazeroso, aliás nem sexo quase não tem mas depois de uma vida inteira juntos,
não posso abandona-lo e eu ser feliz e ele não, e essa minha infelicidade total
já dura 8 anos"
Quem foi que escreveu essa
cartilha que as pessoas precisam comungar da infelicidade alheia, da falta de
vontade de viver, de ser feliz, de explorar novos horizontes, de VIVER?
Eu como professora de português,
defendo com unhas e dentes que as pessoas façam uso correto da INTERPRETAÇÃO de
texto. Quando estruturamos a frase "Até que a MORTE nos separe", de
QUAL MORTE estão falando?
Será mesmo que cabe ainda hoje a
morte física, biológica, orgânica? Será que falam da ausência de vida em vida?
Se o outro se anula e morre para os prazeres da vida e que enquanto eu
compartilhar deles, eu vivo a mesma realidade e o outro resolve
"morrer", por que eu preciso compactuar e velar desta morte em vida?
Ninguém precisa escolher a
"morte" como companheira na mesa de jantar e nem dividir a cama e
menos ainda a VIDA.
Morrer para sua vida, não é morte, é escolha, assim como escolher compactuar com essa morte, também é escolha. Dó é apenas protelar a morte, pois ali já há ausência de vida.
Morrer para sua vida, não é morte, é escolha, assim como escolher compactuar com essa morte, também é escolha. Dó é apenas protelar a morte, pois ali já há ausência de vida.
Ausência de vida, viva.
Ficar por dó é companheirismo fúnebre.
Ficar por dó não é nobre, é pobre. É pobre de espirito, pobre de humanidade. É apenas uma forma de chancelar a incapacidade alheia. É apenas uma forma de atenção e cuidado como aquela canja quente e fresca preparada com muito carinho para um enfermo, só que super bem temperada com pitadas de cicuta disfarçada de carinho, as vezes, de sal, pimenta, orégano e salsinha.
Ficar por dó é companheirismo fúnebre.
Ficar por dó não é nobre, é pobre. É pobre de espirito, pobre de humanidade. É apenas uma forma de chancelar a incapacidade alheia. É apenas uma forma de atenção e cuidado como aquela canja quente e fresca preparada com muito carinho para um enfermo, só que super bem temperada com pitadas de cicuta disfarçada de carinho, as vezes, de sal, pimenta, orégano e salsinha.
"Até que a MORTE nos
separe", cuidado você pode estar velando dois corpos vivos, semi-vivos ou
semi-mortos, o seu e do outro mas não conseguiu enxergar isso ainda.
Dó é covardia disfarçada de
gratidão e compaixão, é esperar que o outro abandone o barco furado para que você
não fique com a consciência pesada de ter tomado a atitude.
"Até que a MORTE nos
separe", de QUAL MORTE estão falando?
Comentários
Postar um comentário