Minha vida transita do Champanhe Francês à Tubaína
Minha vida transita do Champanhe Francês à Tubaína
"Nossa Giiii estou surpresa com a postagem da moradora de rua, nunca te imaginei sentada com uma"... esse foi o comentário em uma ligação.
Pois é, essa é a diferença de quem me conhece e quem apenas acha que me conhece por me ver.
Esses dias eu tinha que ir encontrar uma amiga em um lugar, a noite, uma chuva que Deus mandava com gosto e eu disse, te encontro la tal hora, chegando la a pessoa disse: " Como você veio? eu respondi que tinha ido de ônibus pois era meu rodizio e ela disse: "Como assim???? " Eu jamaisss poderia imaginar que você pega ônibus, não consigo te imaginar jeito nenhum pegando ônibus"
Transito muito bem por todos os "mundos", desde um prato super chiquetoso em um restaurante igualmente chiquetoso na Europa ao pastel na barraca de feira em um bairro simples. Do cenário luxuoso com casacos maravilhosos para enfrentar a neve a cornetar pelo resultado do time de futebol e também sentar na praça com a moradora de rua que diferente de mim, não teve as mesmas oportunidades, sorte de conhecer as pessoas certas, na hora certa, no local certo, não teve as atitudes certas por não ter toda a bagagem mencionada anteriormente.
Eu me gosto assim, eu não me caberia dentro de um "vestido" só. Acho que seria muito sem graça, muito moldadinho, engessadinho, fechadinho, sem graça, sem vida, sem movimento...
Com 50 tons de todas as cores porque não explorar cada um deles, por que ser a mesma todos os dias?
A vida não precisa ser moldada em titânio, ela pode ser um cubo com cada uma das faces diferente, e por que não uma face ser de titânio, a outra de plumas sobrepostas, a outra de bolinha de sabão prestes a estourar, a outra de plastico bolha para brincarmos de estourar, uma de pedra para ser esculpida e mais tantas outras faces do mesmo cubo...
A gente pode valsar entre o "nobre e o pobre" gostei dessa rima.... entre o complexo e o simples ou até simplório, entre o Champanhe francês e a Tubaina.
Entre partidas e chegadas em um Mercedes e partidas e chegadas da estação Saúde ao ponto de ônibus da Brigadeiro Luis Antonio.
Entre o caviar e o pastel que pode até ser de "vento" que quem nunca comeu, não sabe o que está perdendo...
O meu "vestido" de hoje não é igual ao que eu estava ontem e nem será igual ao que estarei amanhã.
Por mais "vestidos" diferentes em seus "tecidos, cores, texturas, modelos, comprimentos..."
A vida tem a cor que a gente dá e a minha tem todas as cores que eu quiser...
A MIM gente de um "vestido" só é muito sem graça, sem vida, sem colorido, sem novidade.... a gente já reconhece de longe, pela cor, pelo cheiro, pelo conteúdo, pela rotina, pela mesmice, pela monotonia, pelo "vestido" que já molda o corpo pois parece uma "capa de gesso"
Gislene Teixeira
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