Novos pensares, não ecoam antigos saberes.

Novos pensares, não ecoam antigos saberes.

Às vezes, e há vezes em que somos traídos por nossos próprios pensamentos. De repente, somos invadidos por um pensamento que nos obriga a sair de nossa zona de conforto, lembrando que nem toda zona de conforto é positiva, é confortável , de fato, mas nos mantemos nela, justamente, porque é confortável, não requer esforço, não requer investimento de energia sobre aquela situação que já está confortável, alicerçada e muitas vezes, verdade, engessada também.
Quando sabemos como as coisas funcionam, de onde vêm e para onde vão, fica fácil de deixarmos o barco correr, afinal, não requer prática e nem tampouco, habilidade.
Já quando temos que sair da zona de conforto, precisamos começar de novo, fazer diferente, criar estratégias, vínculos, ideias, propósitos, habilidades, pensamentos e com isso muda tudo.
Mudando tudo, nos deparamos com o novo, o desconhecido, e o desconhecido gera insegurança, medo, desconforto, mas também, abre janelas de oportunidades para o novo, para o melhor, para um adorável mundo novo que pode ser bom ou nem tanto, mas fará com que a gente saia da mesmice, da rotina, do "de novo", e da ilusão de que está ruim, mas está bom.
E hoje, eu me peguei sendo sequestrada em meus pensamentos, a partir de uma única palavra, me veio automaticamente uma analogia, e pronto, mudou tudo.
Um pensamento, uma palavra, uma analogia, um susto, uma desconstrução, um banho de água gelada, um chacoalhão, a tristeza de saber que agora eu me obrigaria a sair da zona de conforto, que sim, não era confortável, mas que eu estava nela por mero comodismo, costume, hábito, inércia, falta de atitude.
A gente sempre tem no mínimo dois caminhos a seguir, às vezes, há mais caminhos para escolhermos, podemos pensar: "ruim com ele (qualquer situação, não necessariamente uma pessoa), pior sem ele", mas também podemos pensar "ruim com ele, melhor sem ele" .... assim são feitas nossas escolhas de vida.
Na vida a gente só precisa esperar o momento certo, o insight certo, a palavra certa, a analogia perfeita e nesse momento a gente muda tudo.
Mesmo que a gente queira continuar pensando, sentindo e vivendo as mesmas coisas, uma vez que tenhamos descoberto um novo jeito de pensar, de sentir, de enxergar, já não há mais como conviver, na zona de conforto, com algo que já não é mais tão confortável assim, ainda que seja apenas no plano das ideias.

Afinal, novos pensares, não ecoam antigos saberes.

Gislene Teixeira - sexóloga, especialista em relacionamento, mediadora de conflitos. 

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