Conto erótico - Engavetamento


Engavetamento

Eu não esperava que tudo isso fosse acontecer, afinal após tantos anos indo e voltando do trabalho as coisas nunca mudavam. Todos os dias eu acordava às 6 da manhã e ia para o trabalho que era longe da minha casa. No caminho passava na casa de um amigo meu e íamos juntos para o trabalho. Chegando lá era a mesma rotina de sempre: atender telefone, fazer relatórios e um monte de chatices. Quando chegava ao fim do dia eu ia para casa com o mesmo amigo, o deixava em casa e depois ia para a minha. Era tudo bem comum, nada saia da rotina. Quando eu chegava, meu marido me recebia com um beijinho, pois sempre chegava mais cedo que eu e jantávamos juntos. Após isso transávamos, a menos que fosse quarta feira, pois ele assistia futebol e de sextas ele ia para o bar com os colegas do trabalho e só voltava muito tarde e normalmente eu já estava dormindo.
Mas naquela segunda feira tudo saiu dos conformes. Nunca imaginei que as coisas iam acontecer da forma que aconteceram.
-Tchau Jéssica. Tenha um excelente dia! – Disse meu marido quando saí pela porta naquela manhã.
-Tchau amor. Te amo! – Ele respondeu que me amava também.

Entrei no meu carro e segui para pegar meu amigo. No caminho percebi que coloquei uma calcinha que ficava roçando nos meus lábios toda vez que eu me mexia um pouco. Isso seria um pouco desconfortável e percebi que tinha pego a calcinha errada sem querer. Na minha gaveta eu separava as calcinhas safadas e as confortáveis. Usava as confortáveis para o trabalho e as safadas para o Guilherme, meu marido.
Acredito que um dia com isso não vai dar problema nenhum. É só ignorar que tudo vai dar certo. – Pensei comigo mesma. Nunca estive tão errada na minha vida.
Estava no horário quando cheguei à casa de meu amigo. Ele entrou e começamos a conversar um pouco. Ele me contou que estava exausto e precisava descansar um pouco. Ele disse que ele teve uma noite complicada e precisava de uns minutos para recuperar o sono perdido. Como estávamos muito longe do trabalho disse que estava tudo bem e ele então encostou um pouco para o lado e dormiu.
A calcinha ainda estava incomodando. Não era ruim, mas não estava costumada com aquilo nas minhas manhãs. Quando entramos na avenida principal do nosso bairro, pegamos um enorme congestionamento. Estava tudo parado.  Não acreditei e liguei o rádio procurando alguma informação e para a minha decepção uma carreta tinha tombado e demoraria mais de 30 minutos para liberar o trânsito. Liguei para o trabalho e avisei que chegaria atrasada e com isso o Ricardo também. O único lado bom é que ele estava dormindo profundamente e poderia descansar bastante.
Quando me estiquei para trocar a estação do rádio a calcinha roçou além dos lábios e passou bem em cima do meu clitóris. Isso me deixou extremamente excitada. Eu sabia que seria difícil, mas não sabia que seria tanto. Estava tão gostoso. Sentir aquele calor subindo e não poder impedir. Nada que eu fizesse poderia diminuir, pelo contrário, somente aumentaria. Estava tão bom que eu comecei a mexer meu corpo bem devagarinho. Senti um calor subir pelo meu corpo, meus mamilos rosinhas ficaram duros. Estava usando um sutiã branco e uma blusinha de seda que tinha um decote consideravelmente grande para que eu fizesse uma pequena loucura. Antes que eu fizesse qualquer coisa eu olhei para o lado e vi se ele ainda estava dormindo. Para minha branda felicidade estava. Então levei minha mão esquerda por dentro da blusa de seda branca e por dentro do sutiã apertei meu seio direito levemente.
Aquilo me fez suspirar. Tive de segurar para não gemer. Comecei a mexer no meu peito apertando umas vezes forte, outras vezes fraca e aquele calor que subiu já não me incomodava mais, ao contrário, era bom. Quando com minhas unhas pintadas de azul clarinho passaram por cima do meu mamilo eu fiz um pequeno barulho. Foi uma explosão de prazer. Nunca tinha sentido aquilo sozinha. Talvez fosse porque poderia ser pega a qualquer momento ou porque fazia muito tempo que não me tocava, ou até as duas coisas juntas. Olhei para o lado e o Ricardo estava imóvel ainda, desmaiado de sono. Então nem titubeei e comecei a mexer no meu mamilo.
Era simplesmente maravilhoso. Meu rosto branco queimava e avermelhava de excitação. Estava ficando louca e cheia de tesão. Quando eu decidi começar a mexer o corpo enquanto mexia nos meus mamilos. Isso me levou ao êxtase. A calcinha às vezes passava em cima ou do lado do clitóris e isso me deixava doida. Comecei a sentir que estava ficando molhada. Agora que tinha começado eu não queria parar. Não conseguia parar. Antes de eu dar o próximo passo eu olhei para meu amigo mais uma vez, e ele estava dormindo profundamente. Então fiz o impensável.
Subi um pouco a minha saia e com a mão direita desci até debaixo dela e comecei a me masturbar. Simples assim. Não imaginei que faria isso numa segunda de manhã. Quando meus dedos encontraram minha calcinha, viram que estava encharcada, então a coloquei para o lado e comecei a me tocar com vontade. Sentia meu gozo se espalhando pelos meus dedos. Saber que eu estava tão melada era mais excitante ainda. Com o dedo indicado e o anelar segurei meu clitóris e com o do meio fiquei brincando com ele. Tudo isso enquanto minha mão esquerda massageava e abusava do meu mamilo. Eu estava em outro mundo. Tinha perdido controle do meu corpo e dos meus sentidos. Nunca tinha sentido aquilo. Era quente, intenso, inebriante. Mas tudo mudou quando ouvi:
-Quer uma ajudinha?
Quando eu tive um segundo de lucidez, olhei para o lado e meu amigo Ricardo estava acordado olhando para mim enquanto me tocava. Ele estava me olhando com aqueles olhos castanhos que eu nunca tinha reparado. Sua boca tinha um sorriso sedutor e ao redor dela tinha aquela barba por fazer que eu também em nunca tinha reparado. Eu fiquei estática, meus olhos ficaram arregalados e minha boca abriu. Mas o pior de tudo, minhas mãos não pararam. Da minha boca saiu uma resposta impensável:
-S... Sim.
Então ele não me deixou esperando e veio beijando meu pescoço. Aquela barba veio roçando no meu pescoço e me deixou muito excitada. Ele beijou meu pescoço e deu umas mordidinhas que achei deliciosas! Após isso ele veio na minha orelha direita ou esquerda e disse bem baixinho:
-Gostosa.
Uma palavra, mil arrepios. Ele então com a mão esquerda passou por trás do meu pescoço e a colocou por dentro da minha blusa de seda, por dentro do sutiã. A mão dele não era de toda lisa, tinha certa aspereza que me deixou louca. Ele estava usando um perfume que era maravilhoso, um cheiro que nunca me esqueci. A outra mão dele foi direto para minha buceta. Ele não foi muito delicado e meteu um dedo em mim. Eu gemi com gosto e ele disse no meu ouvido:
-Geme. Eu amo quando gemem.
Aí não resisti. Ele metia e eu gemia. Não conseguia segurar os gemidos e ele foi me estocando com aquele dedo grosso com uma força moderada. O clímax de tudo foi quando ele deu um apertão com força no meu peito e meteu forte, gozei na hora. Estava pronta para mais, mas senti que tinha que retribuir o favor, então olhei para ele com meus olhos castanhos claros e disse:
-Abre a braguilha vai.
Ele não demorou e abriu. Ele segurou meu cabelo longo e preto com a mão esquerda e me beijou. Um beijo gostoso e bem safado e com a mão esquerda dele passeando pelos meus seios e a minha mão foi mexendo por cima da cueca no pau dele que estava muito duro. Quando aquele beijo acabou, eu puxei a cueca dele e aquele pau grande e grosso apareceu. Eu fiquei excitada com aquilo e sabia o que fazer. Eu comecei a bater uma para ele. Comecei subindo e descendo a mão bem vagarosamente por ele todo. Quando percebi que ele estava gostando parti para a glande e comecei a passar o polegar com vontade enquanto apertava de leve. Ele deu um gemido gostoso e eu gostei de ouvir. Quando eu menos percebi estava com a boca subindo e descendo naquele pau grosso. Sentia as veias dele bem saltadas. Todas as vezes que eu subia dava uma sugada bem intensa na cabeça. Ele gemia gostoso e eu repetia tudo. Com uma das mãos comecei a bater na base do pau dele e com a boca comecei a chupar só a cabecinha. Quando ele disse que ia gozar eu tirei a boca fui até o ouvido dele e disse:
-Eu sei.
Ele ficou doidinho e voltei com a boca lá embaixo. Ele gozou. Senti a porra dele preenchendo minha boca. Engoli cada gota que saiu. Isso me excitou muito. Estava muito gostoso. Continuei até ele pedir para parar.
Estávamos extremamente acesos. O transito começou a andar e eu me ajeitei no banco, Ajeitei a blusa e abaixei a saia. Comecei a dirigir como se nada tivesse acontecido. Ele me olhou e disse:
-Sempre achei você muito gostosa.
Fiquei sem jeito e disse:
-Obrigada. Você também não é de se jogar fora.
Aí foi quando eu pensei:
-Como seria no trabalho?
-Como seria a volta para casa?
-E o meu marido?
-E a mulher dele?


O dia foi longo, um dos mais inesquecíveis, mas sabia que sobre isso eu teria que fazer um engavetamento e nunca tocar no assunto.


Escrito por Lucas Yan, paulistano, 24 anos, romântico incorrigível, dramático sem necessidade e escritor por amor.

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