Você não é melhor porque segura uma caneta e não uma enxada.
Você não é melhor porque segura uma caneta e não uma enxada.
Eu fico realmente muito triste, chateada, e um sentimento que não sei explicar direito qual é, é um misto de angustia com tristeza quando vejo e vejo muito, a forma como as pessoas se tratam.
É absurdo e lamentável, mas infelizmente, tem sido bastante comum, mas não é normal, que as pessoas continuem a agredir, violentar, maltratar, distratar, chacotear, ridicularizar, menosprezar, humilhar, insultar, as outras em postagens, apenas porque não concordam com o que está postado.
As pessoas se acham no direito de tratar umas às outras com termos como: vagabunda, burra, imbecil, lixo, vadia, babaca, idiota, seu b...ta, seu m...da, pelo simples fato de discordar de uma teoria, uma tese, um conceito, uma abordagem.
Discordam, se acham ofendidas e ofendem as pessoas por ideologias várias, por discordância política, gastronômica, moda, música...
Vi um comentário onde uma mulher escreveu horrores em uma postagem sobre a Regina Duarte. Com qual direito as pessoas se sentem no direito de agredir a outra pessoa por ter tomado uma decisão ou não?
Se não concorda, não gosta, não aceita, não acredita, há a opção de passar direto pela matéria, mudar de página, de grupo, de canal, de sintonia, ou há a opção de expressar sua discordância mas e desde que seja de maneira polida, elegante, respeitosa, cordial, educada, amistosa...
Ninguém é dono da verdade para se achar no direito de invadir e chacotear as verdades alheias. Diminuir pessoas, por pensamentos, crenças, ideologias e atitudes díspares às suas, não te faz melhor, nem mais certo, nem com mais valor social, moral, educacional, cultural, mas sim, uma pessoa intolerante que pode sim, saber muito sobre muitos assuntos, porém, ainda precisa aprender a tratar o outro ser humano com respeito, assim como você gostaria de ser tratado.
Eu posso ser letrada e ter uma coleção de diplomas e saber bem como "empunhar" uma caneta mas eu não sei nem ao menos como é que segura uma enxada.
O dia que entendermos que o outro pode estar em uma condição completamente diferente da nossa, e que mesmo assim, continua sendo gente como a gente, e merece respeito como cada um de nós, TALVEZ, nesse dia, a gente possa começar a tentar entender o que de fato viemos fazer aqui.
Caso contrário, teremos muito o que aprender.
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