Não há espaço para machistas, feministas e idealistas, precisamos sim, sermos realistas.



Não há espaço para machistas, feministas e idealistas, precisamos sim, sermos realistas.
Longe já se foi, com todos esses "istas" que em nada contribuem com mudanças legítimas e efetivas em nossas práticas cotidianas para beneficio da sociedade como um todo.
Enquanto olharmos por grupos, por tribos e por movimentos e procurarmos onde é que preciso me expandir ou retrair para caber e ser aceita enquanto pessoa, gente, humana, algo de bastante incoerente está acontecendo nesse universo.
TODOS querem ter lugar de fala, ter voz, eu acho isso legítimo, mas ninguém quer se colocar no lugar de ouvinte. Todos querem poder falar e serem recebidos com uma escuta ativa, efetiva e qualificada mas não querem fazer parte desta escutatória.
Da mesma maneira, TODOS querem ter INICIATIVA, é uma imposição na era do empoderamento, das independências tantas, sejam financeira, emocional, afetiva, profissional, social, intelectual mas verdade seja dita, nem sempre há uma ACABATIVA que seja genuinamente contemplada.
Direitos iguais, empoderamento, ciclos e mais ciclos, cartas, cartilhas, princípios e valores mas como faz isso se ao invés de agregar, segrega?
Como é que se clama por direitos iguais mas faz disso um estado de guerrilha, onde os direitos iguais são clamados a partir da tentativa de diminuir, ridicularizar o outro, como se fosse oponente, concorrente, rival...
Direitos iguais são importantes e necessários, porém, há de se pensar que não é uma guerra, que não há de se diminuir e aniquilar o outro. Se não serve o que está sendo "servido", que se faça o novo coletivamente, e que sejam periciadas as práticas e iniciativas e juntos legitimem o que venha à agregar forças aos direitos iguais, lembrando sempre que não há direitos sem deveres e obrigações e que esses também sejam iguais, a começar pelo mais basilar que embasa e sustenta as relações humanas: RESPEITO.
Podemos sim, ter direitos iguais, ainda que sejamos diferentes, e essa construção perpassa por ideais reais a serem construídos e arquitetados em nossa malha social.
O seu direito JAMAIS será legitimo se para isso você precisar diminuir, ridicularizar, expor ou aniquilar o do outro, seja esse outro, quem for e isso não é questão de machismo ou feminismo mas sim de humanidade, respeito e dignidade.
Que sejamos todos iguais ainda que todos diferentes, o respeito às diversidades, ao DIFERENTE, é o primeiro passo à conquistar direitos IGUAIS.
Gislene Teixeira - sexóloga, especialista em relacionamento, mediadora de conflitos.

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